A produção de frutos secos é, em algumas regiões do país, a principal fonte de rendimento agrícola das populações rurais, assegurando, para além de um valor económico e social muito relevantes, outras componentes fundamentais, tais como a manutenção de sistemas ecologicamente adaptados, a conservação da biodiversidade e da herança cultural. A produção e o consumo de frutos secos assentam numa forte tradição regional, nomeadamente, na gastronomia e doçaria.

Os frutos secos são reconhecidos pela sua riqueza nutricional, em particular vitaminas, sais minerais, fibras vegetais e compostos proteicos, motivo pelo qual é recomendado o seu consumo regular, numa alimentação saudável e equilibrada. 

Portugal possui condições edafo-climáticas favoráveis para o cultivo da amendoeira, da aveleira, da alfarrobeira, da nogueira e também do pistácio, sobretudo no interior do país, onde estas alternativas culturais representam um enorme potencial que urge aproveitar.

A produção está concentrada em pomares de pequena dimensão, com baixa produtividade e é frequente a utilização de práticas desadequadas. Atualmente a situação está a evoluir positivamente, sobretudo em relação à amendoeira, cultura na qual se gerou um nova dinâmica em Trás-os- Montes, Beira Interior e Alentejo, com o aparecimento de projectos de modernas tecnologias e material vegetal com maior potencial produtivo. De igual forma, assiste-se ao aparecimento de novas e renovadas empresas nas áreas dos novos produtos,  tecnologias de processamento, num mercado muito competitivo e exigente. Alguns dos produtos inovadores são as farinhas à base de frutos secos, os snacks, granolas, bebidas vegetais, pastas, queijos.